domingo, 24 de julho de 2011

Ei Futebol, cadê você?


Amanhã vai ser outro dia.

Amanhã vai ser outro dia.

Amanhã vai ser outro dia.

Hoje você é quem manda falou, tá falado não tem discussão. Não.

Eu nunca tinha gritado gol para o Paraguai e gritei duas vezes.
Eu nunca tinha gritado gol para o Equador e gritei.
Não torci mesmo para a seleção do tal Ricardo Teixeira. Torci contra.
É inadmissível uma pessoa dar entrevista onde diz que faz o que quiser e que ninguém o pega. Menosprezar tudo e todos como se fosse inatingível.
Menosprezar a paixão que o torcedor brasileiro tem pelo futebol e tinha até pouco tempo atrás pela sua seleção.
Eu sinto saudade das ruas vazias em dias de jogos, dos fogos em comemoração, dos gritos de gol e dos gols.
Você senhor Ricardo Teixeira inventou de inventar toda esta escuridão no futebol brasileiro e definitivamente, sinceramente não sei se vai merecer o perdão.
O que tenho a dizer é que apesar de você amanhã há de ser outro dia.

E eu espero que o quanto antes o nosso futebol volte a ser poesia nos gramados, volte a ser a referência de arte no futebol.
Quero sentir o grito contido dos gols que virão de uma nova seleção.
Para isso no meu ponto de vista só existe um jeito. Tirar do poder essa corja de pessoas que comandam o futebol. Tirar do poder essa corja de pessoas que só ganham fortunas as custas do futebol. Tirar do poder essa corja que não ama e não respeita o futebol
Tirar do poder o senhor, senhor Ricardo Teixeira.
Por isso que eu digo Apesar de você amanhã há de ser outro dia.

E eu não vejo a hora que este dia chegue e que eu queira junto com amigos ver o jogo da seleção e que neste dia não tenha trânsito nas ruas e que neste caminho eu veja as ruas pintadas de verde e amarelo, com bandeiras da seleção nas janelas das casas.
Quando este dia chegar senhor Ricardo Teixeira, o senhor e a tal corja, você(s) vai(vão) amargar vendo o dia raiar e esse dia há de vir, há de vir, porque eu vou morrer de rir.

Pensei em citar vários trechos da entrevista do senhor Ricardo Teixeira a revista Piauí, mas acho melhor não, quem quiser e tiver estômago leia toda a entrevista aqui.
Quis esbanjar poesia, mas também não consegui.
Então termino o texto com:

Apesar de você

Amanhã há de ser outro dia

Você vai se dar mal, etc e tal.

La, laiá, la laiá, la laiá.

Em itálico versos da música "Apesar de você" de Chico Buarque que segue abaixo:

Abraço a vocês que amam o futebol.





domingo, 17 de julho de 2011

Apareceu


Beduíno.
Chimpanzé.
Urugutango.
Meu, não é urugutango, é orangutangu, até parece que você
não sabe.
Ta bom, não fica nervoso, vamu continuá.
Gorila.
Ah cansei! Não quero mais falá disso, eu estou nervoso.
O que aconteceu?
Não quero falá.
O que aconteceu?
Não vou falá.
Tá bom, não fala.
Apareceu...
Apareceu o quê?
Apareceu, ué.
Não acredito, quando?
Não sei, ontem sei lá... talvez anteontem...
Não fique assim, cedo ou tarde isso iria acontecer, pelo menos
agora você não precisa mais se preocupá com isso.
É fácil falá, agora aparece um, depois outro e aí?
Aí você fica sem.
É...
Vamu continuá.
Não.
Então vai a merda!
Vai você.

...

Vamu, vamu, abriu a estação.
Moça me ajuda, me dá um real pra eu comprá um pão e um
café...
Moço me ajuda...
Senhor...
Moço...
Moça...
Não vai dar certo é quase meio dia, tô com fome.
E agora que apareceu, é pior ainda.
Pior o quê?
Tá mais frio né?
É.
Agora é você que tá bravo?
É.

...


Duas da tarde.
Três.
E por aí vai.
Uma noite no barraco improvisado.


Vai a merda!
Vai você.
Apareceu outro.
Problema seu, se acostume.
Você não sabe o quanto é ruim.
Não. Imagina, não sei, não sei...
É isso mêmo.

...

Chove.
Chove.
Chove.

No meio da madrugada.

Ó! Ó!
Acorda eu tenho que te falá que eu não tenho, que não
aparece mais furo na minha cueca, porque ela já não existe
mais, não existe mais.
Como?
Não existe e ponto, e pega essa comida que o cachorro não
qué mais, se não você não acorda amanhã.

...

Olho aberto.

...

Fome.

...

Amanhece.

Moço...
Senhor...
Mais um furo.
Moça...

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Filmes com W maiúsculo


O que são 268 pessoas maravilhadas numa sexta-feira à noite em frente a porta de um cinema movimentado da cidade de São Paulo?
Fila para o novo filme do Michael Bay ou Ashton Kutcher? Até poderia ser, mas me alegro em dizer um categórico NÃO como resposta a pergunta.
Em meio a sorrisos de satisfação escutava-se : Muito bom! Genial! Melhor filme do ano! Mas o que mais chamou minha atenção foi o silêncio satisfatório.



Confesso que fui apenas encanto. Após o termino da sessão, aos poucos fui voltando a realidade, deixando as imagens mágicas, os diálogos sensacionais para trás e fui andando rumo a realidade da minha cidade.
Olhando os prédios, as pessoas, sentindo o vento tipicamente paulistano no rosto, não perdi o sorriso e o estado de satisfação, rara situação, pois a cada momento me lembrava das imagens, do filme que acabara de assistir.
O filme em questão se passa na França e é o último longa de um gênio magrelo a chegar a Paulicéia.
Se cinema é imagem. O filme é fantástico!
Se cinema é roteiro. O filme é excelente!
Se cinema...esquece, passaria aqui horas eloqüentemente falando bem de cada um que participou desta produção.


O que quero sailientar é a experiência que tive. Desde o inicio do filme parecia que algo me levava para dentro de Paris, pelas ruas da cidade, depois algo me levou a fazer parte do mundo, das paixões, dos desejos, daqueles personagens, depois estava completamente absorvido pela magia que só um maravilhoso filme pode fazer. Um filme que se pode dizer que é puro cinema.
"Meia Noite em Paris" é um filme que só pode ser feito por quem entende muito de cinema, quem entende muito da vida, só pode ser feito por quem já pensou e muito nas experiências que um ser humano pode passar, só pode ser feito por quem ainda consegue ser otimista por mais ranzinza que seja e por mais ranzinza que a vida pode nos tornar.

Na minha modesta opinião por mais que Woody Allen em muitas entrevistas fale sobre morte, se mostre como um pessimista incorrigível por conta disso fale tão bem da vida em seus filmes.

Não deixe de assistir até porque finalmente o diretor encontrou o seu alterego perfeito: O ator Owen Wilson.







Meia-Noite em Paris


Título original: (Midnight in Paris)
Lançamento: 2011 (EUA, Espanha)
Direção: Woody Allen
Atores: Owen Wilson, Rachel McAdams, Kurt Fuller, Mimi Kennedy.
Duração: 100 min
Gênero: Comédia Romântica